sábado, 16 de maio de 2009

Mundo Adaptado

Exerciciozinho básico de alteridade



[Vídeo: You Tube, artigo e textodescrição: Cris Santos, disponível no Bengala Legal
Anúncio: Companhia de Eletricidade da França.]

Textodescrição: Cena 1.

Começamos vendo uma rua movimentada com uma mulher de pé, perdida como uma "barata tonta", sem saber para onde ir direito. Em volta dela, muitas pessoas na calçada passam direto pelos seus lados sem lhe dar atenção. Ela parece querer pedir algum auxílio, mas mal percebem sua presença. Todas essas pessoas, ao contrário da primeira mulher, são cadeirantes.


Cena 2:

Vemos um estabelecimento (parece uma repartição pública) com quatro postos de atendimento. Em um dos postos, um cadeirante é atendido, enquanto outro aguarda sua vez. No outro posto, uma mulher se aproxima e pede uma informação (em francês). O atendente então responde usando a língua de sinais e ela dá uma leve risada, meio sem graça, por não entender nada.


Cena 3:

Dia chuvoso. Em uma rampa inclinada sobem e descem cadeirantes normalmente, enquanto uma pessoa de pé desce escorregando, totalmente sem equilíbrio e desajeitada, tentando não cair.


Cena 4:

Ainda em dia chuvoso, vemos uma pessoa usando um guarda-chuva, meio "arriada" para usar um telefone público que encontra-se em uma altura própria para cadeirantes. Ao seu lado, um cadeirante usa sem problemas outro telefone público, enquanto, do outro lado da rua, uma criança cadeirante aponta para a pessoa arriada.


Cena 5:

Vemos em close um sinal luminoso de pedestres, que tem como símbolo de "ande" o ícone de um cadeirante simulando movimento, na cor verde, e como símbolo de "pare" o ícone de um cadeirante parado, na cor vermelha. Sobre esse sinal luminoso vemos um pequeno alto-falante. O sinal "abre" para a travessia de pedestres e o close é tirado dele. Vemos então dois cadeirantes atravessando a rua, conversando animadamente debaixo da chuva.


Cena 6:

No interior de uma biblioteca, onde todos os livros têm capas iguais, um rapaz de óculos (com ar de intelectual) desvia de uma menina cega que anda entre as estantes sem maiores problemas, com a ajuda de sua bengala. O rapaz pega um dos livros e o folheia sem entender, como se estivesse procurando algum texto ou imagem, mas o livro está impresso em Braille. O rapaz, então, senta próximo à janela, com o livro no colo e olha para o horizonte. Aparece na tela a frase: "O mundo é mais duro quando não está adaptado para você", enquanto a narradora fala: "De agora em diante, os espaços da EDF são acessíveis a todos". Essa última frase aparece junto à logomarca e o slogan da EDF: "Quando seu mundo se ilumina". A EDF é a empresa de distribuição de energia elétrica da França, chamada "Eletricidade da França".

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Educa Tube

banner ilustrativo do blog EducatubeO Educa Tube é um espaço que, segundo o editor José Roig, visa divulgar vídeos e material diverso que possa ser utilizados por educadores no meio escolar, bem como divulgar a produção de educadores e alunos.

As informações disponíveis na rede são tantas que por vezes acabamos não encontrando o material de que necessitamos. Achei bacana a ideia de estar reunindo vídeos com caráter educacional, os quais poderão ser utilizados pelos educadores dentro de suas respectivas disciplinas. José Roig, como parceiro exibidor do Porta Curtas Petrobras também vem disponibilizando os vídeos desse acervo, com material riquíssimo para se trabalhar.

Vale conferir.

sábado, 9 de maio de 2009

Oração aos moços (de hoje)

Trechos de Oração aos Moços - Obra de Rui Barbosa, escrita em 1920.

“Não há no universo duas coisas iguais. Muitas se parecem umas com as outras; mas todas entre si se diversificam. Os ramos de uma só árvore, as folhas da mesma planta, os traços da polpa de um dedo humano, as gotas do mesmo fluído, os argueiros do mesmo pó, as raias do espectro de um raio solar ou estelar. Tudo assim, desde os astros do céu, até os micróbios no sangue; desde as nebulosas nos espaços, até os aljôfares do rodo da relva dos prados...

..Se o supremo criador de todas as coisas, na sua imensa sabedoria, assim organizou a ordem da criação, e plasmou nas multifárias facetas de seres criados a suprema harmonia do universo na diversidade de formas, não era para com isso dar aos homens, coroa dessa criação, a grande lição da solidariedade e da convivência entre os diferentes? Se a ordem universal convive com as diferenças em harmonia, e cada corpo celeste em perfeita ordem com os demais, por quê não os Homens? ”