domingo, 19 de julho de 2009

O preconceito nosso de cada dia...

"Época triste a nossa... mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito."
Albert Einstein

Sabe quando falam em preconceito implícito, camuflado, entranhado??? Pois bem, meus caros, está aí um exemplo disso.
De acordo com o Fabio Adiron, existem três categorias de preconceito (no seu texto ele se refere aos termos utilizados) Alguns são explicitamente ofensivos e preconceituosos, muitos são anacrônicos e desatualizados e um terceiro grupo se encaixaria na categoria que é a dos aparentemente corretos que trazem embutido no seu significado uma série de preconceitos e mitos.
Concordo com ele quando diz que esse último é o pior, porque é feito de uma uma forma tão sutil que nem sempre é perceptível. As expressões são sempre eufemísticas, ou podem, como nesse caso, "parecerem" politicamente corretos. (A referida imagem foi extraída de um blog sobre Educação Especial)
Ora! Uma campanha a favor da pessoa com deficiência física que desrespeita a pessoa com deficiência mental??? Que espécie de conscientização é essa?
Uma fala que implicitamente reforça preconceito e estereótipos negativos nada tem de humorística. Tem sim, de preconceito cristalizado, preconceito este, que é a pior das deficiências.

sábado, 18 de julho de 2009

Glogster - ferramenta para criação de posters virtuais

O Glogster é uma ferramenta que reúne elementos gráficos, fotos, vídeos, música e texto.
E para quem ainda não conseguiu visualizar uma funcionalidade educacional para essa ferramenta já existe o Glogster Edu .

O que é o Glogster EDU?
  • Uma plataforma baseada na tecnologia Web 2.0 que permite juntar fotos, vídeos, texto, áudio e muito mais em um único poster online interativo.
  • Uma inovadora e criativa solução digital para educadores para ajudar a manter os alunos ENGAJADOS e tornar o aprendizado mais divertido!
  • Uma interface fácil desenvolvida para apresentar conceitos básicos para seus alunos.
  • Uma série de mecanismos para trabalho em grupo para permitir a seus alunos publicar e compartilhar suas criações e colaborar com outros usuários em esforços coordenados.
  • Uma sala de aula virtual segura, confiável, privativa e monitorada por professores.
  • Uma valiosa ferramenta de aprendizado que pode ser usada em vários temas, incluindo matemática, ciências, história, tecnologia, arte, fotografia, música e muito mais.
  • Uma ferramenta para incentivar as habilidades de seus alunos e o progresso ao longo dos anos.
  • Uma plataforma virtual, digital e educacional que transcende idade, sexo, curriculum, assunto, escolaridade, tipo de escola, lugar, etc.

Eu fiz a minha experiência com a ferramenta.
A primeira impressão? Divertidíssima.
(Clique nas fotos para ampliar e no player para ouvir a música.)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Somos todos cyborgs?

A dúvida é minha. A afirmação de ANDY CLARK, filósofo, autor do livro Supersizing the mind (Aumentando a mente, sem tradução no Brasil) e professor da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

Clark diz ser um cyborg na medida em que todos os seres humanos são. De acordo com sua teoria, nascemos com a capacidade de criar dispositivos para guardar informações e para processá-las fora do cérebro. Por isso, a mente de cada pessoa estaria espalhada pelos cadernos, arquivos de computador e aparelhos de celular usados no dia a dia. “A mente extrapola nosso corpo. Está difusa pelo mundo”

Entrevistado pela Revista Época, Clark afirma: "Nós já somos um pouco cyborgs. Não aqueles de ficção científica, que são feitos de uma mistura de tecido biológico com sistemas computacionais de última geração. Não temos fios e microchips em nosso corpo nem nosso cérebro funciona como um computador. Somos cyborgs por natureza no sentido de que temos uma simbiose com a tecnologia, uma interação muito estreita com dispositivos que inventamos para facilitar nossa vida. Da mesma maneira como você pode incorporar a seu corpo uma estrutura para funcionar como parte dele – é o que acontece quando você se torna muito bom em usar uma raquete de tênis, por exemplo –, podemos usar dispositivos que aumentem nossa capacidade mental. Nós criamos sistemas para que o cérebro tenha o menor trabalho possível."

Acesse a matéria completa

Isso tudo me faz pensar que os limites entre humano e tecnológico parecem estar cada vez mais amálgamos. Em tempos em que se fala em inteligência articifial e tecnologia suficiente para fazer máquinas desenvolverem sentimentos, não é possível prever limites para os avanços tecnológicos.

Bom, ruim? A tecnologia permitiu ao homem passar das lascas de pedra aos objetos polidos; das ferramentas à mecanização e da mecanização à microeletrônica. Parecem avanços naturais.

Se teremos no fututro, tecnologias implantadas no nosso corpo, isso pode ser assustador ou fascinante. O que parece obvio é que as tecnologias deveriam servir para facilitar a nossa vida e ajudar-nos a resolver nossos problemas. Não o contrário.

Essa conclusão me remete à uma conversa com meu marido falando sobre pragas de lavoura. Dizia ele que há algum tempo atrás gastava-se muito menos para produzir. Eram necessários poucos "banhos" (uso de inseticidas, herbicidas, fungicidas). Hoje, algumas das empresas que fabricam esses pesticidas são as mesmas que detém o controle de produção e distribuição de sementes e que através de biotecnologia produzem sementes já "doentes". Ou seja, a tecnologia utilizada para resolver os problemas ( leia-se, financeiros) de alguns. Tecnologias que reforçam relações de poder e formas de capitalismo cristalizadas.