Elisangela Zampieri
Ratinho Tinho procurou um lugar para fazer o seu ninho.
Procurou, procurou e uma casa encontrou. Era uma casa grande e bonita com um jardim enorme na frente. Só que era casa de gente. Mas casa de gente também pode ser casa de rato!
E o ratinho andou, subiu e desceu escadas, a porta estava fechada....
Mas no canto, bem no cantinho, uma pequena passagem, um buraco bem do seu tamainho...
Aliás rato sempre acaba encontrando um buraco exatamente do seu tamanho.
Perceberam?
E ratinho entrou... Mas ai que dó! Uma casa bonita, mas muito grande para um rato viver só!
Mas no canto, bem no cantinho havia um quarto. Um quarto bem arrumado,com cama, armário, balcão, guarda-roupa, tudo muito organizado.
Mas o quarto ainda era grande...
Foi então que ratinho viu o armário:
_Um armário pode ser uma boa casa para um rato solitário.
Só que o armário estava trancado. Mas no chão, estava a chave caída.
E ratinho encontrou a saída. Juntou a chave, que era quase do seu tamanho, e com grande esforço o armário ele abriu...
Mas o armário era enorme, amplo e espaçoso demais...
No fundo, bem no fundo, escondida estava uma mala!
_Uma mala pode ser a saída para arranjar minha vida!
Mas que pena! Uma casa muito bela, mas ainda muito grande para um rato morar nela.
Mas dentro da mala havia uma caixa. E uma caixa de sapato, quem diria, mas é fato, pode ser a casa perfeita se o morador for um rato.
Mas eis qual foi a surpresa, quando ratinho descobriu, que dentro da caixa havia um sapato...
Pois lhe conto e não omito, havia um sapato bonito, que seria a casa ideal para a história ter um final.
E ratinho foi entrando e o lugar organizando...
Limpa, arruma, lava o chão com muita água e sabão... Pois ao contrário do que pensam nem todo ratogosta de sujeira.
E foi assim, desta maneira, que Tinho, o rato limpinho, arrumou o seu cantinho.
E a história poderia terminar assim...
“E o ratinho foi feliz para sempre”...
Mas como essa história é um pouco diferente, ela termina assim...
Só que o que ninguém esperava, de fato aconteceu, eis que a dona do sapato, a própria, apareceu. De nada adiantou choro, reclamação ou pechincha.
Vejam só que desatino, o rato virou inquilino. Vixi, meu Deus do céu! Onde é que já se viu, um rato pagando aluguel?!?