Ainda hoje, apesar de muito se discutir e da intensa luta de pais e educadores para diminuir o preconceito, a pessoa com algum tipo de deficiência sofre e é discriminada. A começar pela forma como é identificada: ou com termos pejorativos ou com eufemismos numa tentativa de amenizar a sua condição, como se a palavra indicasse uma desqualificação da pessoa. Como exemplo disso, a palavra "surdo". Surdo é a nomenclatura escolhida pela própria comunidade surda. E por que parece preconceito chamar uma pessoa de surda? Não chamamos um diabético de diabético sem parecer ter essa conotação preconceituosa? Ao que parece, acaba existindo uma preocupação exagerada com isso, em tentar suavisar determinadas condições de sujeitos que acaba por desvelar uma situação de preconceito interiorizada.
Na linguagem, se expressam voluntariamente ou involuntariamente nossas concepções e/ou preconceitos acerca da deficiência.
Imbecis, idiotas, retardadas, débeis, inválidas, incapacitadas, anormais, excepcionais, portadores de deficiência, deficientes mentais... expressões que refletem conceitos e valores de uma determinada sociedade e de uma determinada época, mas que carregam intrinsicamente preconceitos ou desconhecimento do que é de fato a questão da deficiência.
A própria expressão "com necessidades especiais" não abrange em sua totalidade a designação das pessoas com deficiência, tendo em vista que necessidades especiais todos temos ou manifestaremos em algum momento da vida. E estes sujeitos além dessa necessidade possuem outras condições mais específicas.
Uma das mudanças mais significativas com relação as terminologias utilizadas é a que substitui o termo deficiência mental por deficiência intelectual. Uma mudança que traz um novo e importante entendimento a respeito da condição desses sujeitos. Em primeiro lugar porque o termo intelectual refere-se ao funcionamento do intelecto especificamente e não ao funcionamento da mente como um todo. A segunda razão consiste em podermos melhor distinguir entre deficiência mental e doença mental, dois termos que têm gerado confusão há vários séculos. A propósito o termo doença mental também está sendo substituido por transtorno mental.
Apesar de entender que a inclusão e a aceitação do diferente na sociedade depende de múltiplos fatores, entendo também que o conhecimento destas questões terminológicas é de fundamental importância...e um bom começo.
Segue abaixo um artigo do consultor de reabilitação e inclusão social Romeu Sassaki com as principais terminologias (equivocadas) utilizadas para designar a deficiência.
4 comentários:
Oi Elizangela! Obrigada pela visitinha!
Oi Prof Elis
Já sou admiradora sua!
Adorei os textos têm sido recurso para reflexão com as colegas da coordenação. Amei, estou adorando as buscas constantes, e as comunicações. Bjus!!!
Eloi
Oi Loi, fico muito feliz em saber que minhas idéias de alguma forma estão ajudando as pessoas. Obrigado pelas palavras e pelo carinho, essas manifestações sem dúvida, são sempre uma injeção de ânimo pra mim.
Abraço.
Oi adorei seu trabalhou
vou fazer uma paticipação em uma palestra sobre a inclusão através da linguagem.
Vc pod m esclarecer sobre:necessidade especial tbm é um preconceito do seu ponto de vista.
se pudeer m envie um e-mail criskenji@hotmail.com
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