sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tecnologia favorecendo a acessibilidade

imagem minha na webcam, jogando basqueteJogos controlados com o corpo, sem mouse ou controle remoto. Consoles cada vez mais modernos capazes de detectar movimentos em três dimensões...E mais uma tecnologia favorecendo a acessibilidade da pessoa com deficiência.

Pessoas com movimentos comprometidos e dificuldade de coordenação motora fina, podem valer-se dessa tecnologia para realizar atividades com maior nível de interação com a máquina. Embora existam recursos como mouses e teclados adaptados, o custo elevado acaba impossibilitado o acesso a um número significativo de pessoas com estas deficiências, sendo ainda, que tais recursos precisam ser projetados para atender diversas especificidades.

No caso da tecnologia que utiliza sensores que captam movimentos, qualquer movimento que esteja na área de abrangência pode ser identificada na execução dos comandos. Pessoas que possuem comprometimento dos membros superiores, por exemplo, podem utilizar a cabeça ou os ombros como comandos. Se têm dificuldadade para segurar ou clicar com o mouse - tecnologia essa pouco acessível - através de movimentos que dispensam precisão, poderão interagir de forma eficiente, realizando de forma simples, tarefas antes complexas.

Crianças com autismo também podem se beneficiar dessa tecnologia, uma vez que a quantidade de estímulos pode atrapalhar o nível de concentração. É comum, quando em frente a um computador, que crianças com essa síndrome dispersem o foco: tocam ou se perdem olhando para os periféricos: mouse, teclado, monitor, demonstrando dificuldade em executar funções diversas ao mesmo tempo, mantendo o nível de concentração à tarefa. O uso do próprio corpo como comando pode facilitar esse processo.

No caso do computador essa tecnologia é possível através de uma câmera que, acoplada capta os movimentos. Quer saber como funciona? Você pode testar aqui

domingo, 18 de outubro de 2009

Inclusive - Inclusão e Cidadania

A convite do Lucio Carvalho, estarei colaborando com a Inclusive, um projeto autônomo e voluntário criado para promover a inclusão das pessoas com deficiência através da difusão da informação discutindo, entre outros, tópicos como inclusão e temas transversais aos direitos humanos. Estarei assumindo a coluna Educação em Rede com opiniões, dicas e achados na Web. Dar visibilidade à sites, blogs e projetos na área também está entre os objetivos da coluna.

Mais sobre a Inclusive:

A Inclusive é um projeto autônomo e voluntário criado para promover a inclusão das pessoas com deficiência através da difusão da informação. Foi ao ar em março de 2008 por iniciativa da Patricia Almeida, jornalista e coordenadora estratégica do Instituto MetaSocialLink abrirá em uma nova janela ou aba.. Em setembro de 2008 o Lucio Carvalho juntou-se aos colaboradores e, em julho de 2009, a Camilla Sartorato chegou para unir-se e compor a coordenação geral do projeto.

Nossos objetivos estão focados na promoção da inclusão social por meio da produção e veiculação de conteúdos informativos, principalmente sobre educação e direitos humanos relacionados a segmentos sociais vulneráveis – em especial às pessoas com deficiência.

Com isso, pretendemos sensibilizar e conscientizar órgãos governamentais, veículos de comunicação, assessorias de imprensa, organizações da sociedade civil, formadores de opinião e a população em geral quanto aos direitos, serviços e informações relativas a esses segmentos sociais.

Temos a intenção de colaborar para a promoção dos direitos humanos e, em especial, da “Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência” da Organização das Nações Unidas (ONU) e da legislação sobre os direitos das pessoas com deficiência em direção a um público cada vez maior e heterogêneo.

Além de contar com uma produção própria, a Inclusive recebe informações para divulgação em seu site e para seus usuários cadastrados. Os interessados podem enviar sugestões de notícias e outras colaborações para o e-mail inclusive@inclusive.org.br informando seu nome e a fonte da notícia.

Temáticas mais recorrentes

Inclusão social, com foco nas pessoas com deficiência;

  • Educação inclusiva;
  • Educação em direitos humanos;
  • Promoção da diversidade;
  • Legislação;
  • Experiências inclusivas bem-sucedidas;
  • Acompanhamento de programas públicos e privados de interesse social;
  • Denúncias de violações dos direitos (em especial de pessoas com deficiência);
  • Campanhas e mobilizações por direitos;
  • Cursos e eventos.
  • A Inclusive é formada por profissionais da área de comunicação e outros interessados em inclusão que trabalham voluntariamente.

    Praticamos o chamado jornalismo cidadão. Dentro desse espírito, a Inclusive mantém-se aberta à colaboração e parceria com outras instituições, tais como universidades, órgãos de imprensa, organizaçãos não-governamentais e, também, com pessoas individualmente.

    quinta-feira, 15 de outubro de 2009

    Sobre Jequitibás e eucaliptos, ou sobre Adélias e Valdetes

    Foto: Sirius

    "Um professor é aquele que se faz
    progressivamente desnecessário."
    (Thomas Carruthers )

    Há eucaliptos e há jequitibás...Rubem Alves assim definiu professores e educadores, nessa mesma ordem. Eucaliptos, aquelas árvores sem vergonha que crescem depressa e podem ser substituídas com rapidez e sem problemas. Jequitibas, árvores seculares que possuem uma face, uma identidade, uma estória.
    Lendo-o, mergulhei numa esfera de tempo que já vai longe... Pelos idos de 1980 e poucos. Lembrei de dona Adélia e de dona Valdete, professoras que me acompanharam na 1ª e 2ª série respectivamente.
    Dona Valdete ensinava sorrindo. Dona Adélia só ensinava.
    Ambas deixaram marcas. As deixadas por dona Adélia ficaram como hematomas que não mais doem, mas permanecem. As de dona Valdete, como rabiscos de tinta guache, coloridos de sonhos, hoje suavisadas pelos dias que escorrem vorazes, mas ainda nitidamente visíveis nos papeis ja amarelecidos. Seus ensinamentos tinham sabor doce. De sorvete com calda de ternura.
    Dona Adélia sabia dar aulas. Dona Valdete sabia aprender, (re)aprender e (des)aprender todos os dias.
    Dona Adélia era uma funcionária do Estado; dona Valdete, artesã. E como artesã, não permitia que sua identidade fosse engolida por sua função. Sua identidade eram suas convicções, aquilo em que acreditava e que a trouxera até aquela escola, naquela sala, com aquelas crianças: eu e meus colegas, e onde podia se ler em negrito, Ofício: educadora.
    Dona Valdete não lecionava. Plantava tâmaras, e não se preocupava se a colheita demorasse a vir. As duas tinham um emprego. A diferença é que uma chamou-se, assim, de dentro, a outra fora chamada.
    Dona Adélia seguia os horários e cumpria rigorosamente as datas. Tudo pra ela funcionava com a rigidez de um oficial. Dona Valdete era livre e feliz.
    Dona Adélia seguia o conteúdo dos livros disciplinarmente. Dona Valdete escrevia poesia. Eu as declamava na igreja.
    Dona Adélia me ensinou a escrever; dona Valdete, o gosto pela escrita.
    Dona Adélia controlava com o olhar e proibia; dona Valdete com o sorriso e a explicação.
    Dona Valdete era uma Bela (des) Adormecida. Dona Adélia, não mais a vi. Talvez tenha sido acordada de seu sono letárgico. Ou não.

    Inspirado na crônica de Rubem Alves: Sobre jequitibás e eucaliptos

    segunda-feira, 5 de outubro de 2009

    Capacitação para Professores da Rede

    Aconteceu no último dia 21, a última etapa da capacitação de professores da rede regular de ensino do município de Curitibanos/SC que, tendo em vista a diversidade da clientela do contexto educacional e o conseqüente despreparo dos professores em contribuírem para o aprendizado das pessoas com deficiência objetivou auxiliá-los de forma a equiparar as oportunidades educacionais para todos através de uma sistemática de capacitação organizada em 5 módulos, sendo esta última uma oficina pedagógica.

    Dentre os temas trabalhados, foram desenvolvidas de forma prática, atividades utilizando mapas conceituais, através do software Inspiration como ferramenta auxiliar no desenvolvimento de processos mentais e na elaboração de conceitos e, ainda, através da criação de blogs, de forma que os alunos pudessem experienciar formas de aplicabilidade educativa dos recursos tecnológicos.

    sábado, 3 de outubro de 2009

    Sigur ros - Svefn-g-englar

    Num ambiente que mais parece cenário de algum sonho bom, pela mística, pela leveza dos movimentos, a música destes islandeses é para se ouvir deitado na cama ouvindo a própria respiração. O nome da banda significa "rosa da vitória", e pronuncia-se "si ur rous". É melhor não tentar pronunciar o nome da música, "Svefn-g-englar"; cantarolar também será complicado. É música para se apreciar apenas, ouvir, ouvir, sentir...

    O clip é feito com a participação de uma companhia de teatro composta por atores com Síndrome de Down. Dica do meu amigo José Roig.