Descobri esta semana uma nova tecnologia que vem sendo utilizada em pessoas com tetraplegia. Estima-se que 2 milhões de pessoas convivem com lesões medulares (SCI) e a cada 49 min uma outra sofre nova lesão. Desse total, 48,7% ficam tetraplégicos.
Com a impossibilidade de utilizar os membros superiores, as pessoas tetraplégicas ficam privadas do uso dos computadores pessoais. Visando criar um novo dispositivo de entrada independente das mãos, projetou-se um sistema de controle para cursor de mouse por meio do movimento da cabeça de um usuário posicionado à frente de um computador rodando no sistema operacional Windows 95 (ou superior). Sobre o monitor, coloca-se uma câmera de vídeo colorida (padrão NTSC- webcan) que captura imagens da cabeça do usuário e, utilizando técnicas de processamento digital de imagens (PDI), converte-as em informações necessárias para que o cursor do mouse se desloque na direção solicitada.
No projeto desenvolvido, uma fita, do tipo testeira esportiva, é colocada na cabeça do usuário. No centro desta fita, há um círculo pintado de azul, que é o ponto de referência que a câmera de vídeo deve procurar quando captura uma imagem. Esta busca pelo centróide é realizada utilizando técnicas de PDI.
Uma vez localizada a coordenada, o cursor do mouse é deslocado para a sua nova posição, que é proporcional ao deslocamento do centróide do círculo na imagem capturada. Qualquer movimento da cabeça, horizontal e/ou vertical, desloca o círculo fixado na testeira. Como a câmera de vídeo está recebendo imagens do usuário, este deslocamento refletir-se-á nas imagens, fazendo com que o centróide do círculo mude de coordenada. Esta mudança afetará, proporcionalmente, a posição do cursor do mouse na tela do computador. O clique simples do mouse é emulado quando o usuário fica pelo menos n segundos sem mover a cabeça e o duplo clique quando fica n+1 segundos.
O download desse programa pode ser feito nesta entrada aqui.
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