Eu não sonhei ser mãe. Sempre achei que mãe era um ente grandioso demais diante de todas as minhas miudezas... Sublime, compreensiva, atenciosa, amável, dedicada, tolerante, bondosa e todos os outros predicados bonitos escritos nos dicionários. Além disso, mãe precisava saber fazer bolinho de chuva, defender a gente do homem do saco e procurar pelo nosso sono que teimava em sumir em dia de trovoada forte. Mãe precisava conhecer muitas histórias e ter paciência de repeti-las quantas vezes a gente desejasse, até decorar. Tinha que conseguir convencer que quando a gente toma banho não há risco nenhum de a gente escorrer pelo ralo, como a água que se esvai. Mãe precisava ter uma força visceral, presença carnal e espiritual para guiar a cria quando de seus enganos juvenis, equilíbrio circense, paciência bovina e sabedoria divina.
Eu não desejei ser mãe...havia uma vaga descrença humana que imputava a mim, o não merecimento do dom.
Um junho qualquer veio para mostrar as meio-falácias das minha teorias. E ele estreiou nesse plano me fazendo compreender que em meio à todas às minhas (reais) pequenezas, o meu ser mãe era o lugar de onde e para onde ele poderia voltar e encontrar o sentimento de amor maior capaz de atenuar qualquer sensação de desamparo.
Entendi que a supremacia de uma mãe não está nos atributos de perfeição que se ligam à ela por analogia. Mas que pra toda imperfeição há um propósito - este sim, supremo de elevação espiritual que nos aproxima de Deus.
Eu não desejei ser mãe, mas desejei conhecer o amor em sua forma mais perfeita.
E sendo, eu aprendi a amar... e a fazer bolinhos de chuva.
Eu não desejei ser mãe...havia uma vaga descrença humana que imputava a mim, o não merecimento do dom.
Um junho qualquer veio para mostrar as meio-falácias das minha teorias. E ele estreiou nesse plano me fazendo compreender que em meio à todas às minhas (reais) pequenezas, o meu ser mãe era o lugar de onde e para onde ele poderia voltar e encontrar o sentimento de amor maior capaz de atenuar qualquer sensação de desamparo.
Entendi que a supremacia de uma mãe não está nos atributos de perfeição que se ligam à ela por analogia. Mas que pra toda imperfeição há um propósito - este sim, supremo de elevação espiritual que nos aproxima de Deus.
Eu não desejei ser mãe, mas desejei conhecer o amor em sua forma mais perfeita.
E sendo, eu aprendi a amar... e a fazer bolinhos de chuva.
Um comentário:
Nada a declarar, meus olhos estão marejados. Eu sempre sonhei em ser mãe, e meu ventre ainda está vazio e o tempo passando....
Beijos
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