sábado, 2 de fevereiro de 2008

Acessibilidade à Web

"Toda incapacidade tem uma solução a espera de ser descoberta."
( Marco Antônio de Queirós)

Não é um assunto novo, mas sempre atual...
A discussão sobre este assunto se intensificou com o Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004, que regulamentou as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas portadoras de necessidades especiais, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Esta legislação obrigou todos os órgãos públicos a adequarem seus espaços físicos e também seus ambientes virtuais (websites) às necessidades das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Muito já se avançou em relação aos recursos de acessibilidade e adaptações para garantir melhores condições de vida à pessoas com deficiências e que se refletem também na área da informática e das tecnologias de informação e comunicação.
Adaptações de hardware e software, sintetizadores de voz, lentes de aumento, acionadores que com um simples movimento de cabeça, por exemplo podem executar comandos, permitem que hoje, uma pessoa com deficiência possa interagir com as tecnologias gozando de autonomia no uso do computador podendo usufruir de vários recursos que este oferece, embora muitos ainda estejam financeiramente inacessíveis à uma considerável parcela da população. De qualquer forma as tecnologias assistivas vinculadas às tecnologias computacionais visam promover uma vida cada vez mais independente às pessoas com deficiência. Porém quando se fala em acessibilidade à Web, as coisas complicam. Milhares de páginas são criadas todos os dias sem que se pensem em critérios para tornar esses sítios acessíveis.

Mas afinal de contas, o que é acessibilidade à web?

Acessibilidade na internet ou acessibilidade na web significa permitir o acesso à web por todos, independente de tipo de usuário, situação ou ferramenta. É criar ou tornar as ferramentas e páginas web acessíveis a um maior número de usuários, inclusive pessoas com deficiências. A acessibilidade na web beneficia também pessoas idosas, usuários de navegadores alternativos, usuários de tecnologia assistiva e de acesso móvel. ( Fonte: Serpro)

Tornar uma página totalmente acessível não é uma tarefa muito fácil e requer algum conhecimento mais específico na área de web designer. Mas existem algumas dicas que programadores, até mesmo os menos experientes podem estar atentando para tornar suas páginas mais acessíveis. Estas são algumas orientações embasadas nos critérios para acessibilidade recomendados pelo W3C - World Wide Web Consortium

Hiperlinks: Utilize texto que faça sentido fora do contexto. Evite a frase "clique aqui". Quando acessamos um link, nós videntes, costumamos dar uma olhada rápida e se o conteúdo apresentado não for do nosso interesse saimos imediatamente. Agora tente imaginar um cego que utilize-se de um leitor de texto como por exemplo o dosvox. Ele precisará ler todo ou boa parte do conteúdo para concluir se é relevante ou não.
Por isso você deve informar ao leitor para onde ele irá ao clicar em um link. Escreva, por exemplo, "leia sobre a campanha pela acessibilidade nos blogs", não simplesmente "clique aqui". ( Luciana do Blog Dia de Folga)

Informações em
flash - "Flash" é aquela animação "bonitinha" que traz informações irrelevantes - ou não.

Alguns sites o utilizam para criar introduções que ninguém vê. Outros colocam conteúdo realmente importante, textos inteiros de interesse para o visitante, ou botões essenciais para a navegação. Infelizmente, os cegos não têm acesso ao material colocado em flash.

Cores
- o uso de cores como indicativo de importância dentro de uma página deve ser feito com cuidado, pois usuários daltônicos podem ter dificuldades. Assim, o W3C recomenda que as cores não sejam o único referencial para relevância de conteúdo de um site. O contraste entre o texto e o fundo e entre o texto e os links também deve ser obeservado.

No site Colorblind Web Page Filter é possível realizar uma séries de testes para verificar se o esquema de cores do seu blog é acessível.

Economia nas imagens
- Os sintetizadores de voz utilizados por cegos para acessar a Web conseguem interpretar texto, mas as imagens ficam de fora. Por isso, o W3C recomenda que, sempre que possível, seja usado texto no lugar de imagens. Isso pode ser feito em menus de navegação ou até mesmo em logotipos mais simples.

Atributo "alt" - Caso as imagens sejam imprescindíveis, como no caso de fotos, forneça uma descrição através do atributo "alt". Ele será usado pelos softwares específicos para comunicar ao usuário o conteúdo da foto.

Atributo "longdesc" - há casos em que o "alt" não é suficiente, principalmente em animações ou conteúdo de áudio ou vídeo. É quando entra o elemento "longdesc". Ele cria um link para um arquivo com descrição mais detalhada do objeto.

Tabelas - o W3C recomenda que as tabelas sejam utilizadas para conteúdo estritamente tabular, e não para determinar o layout das páginas. Como a leitura nos softwares específicos é feita seguindo o código HTML verticalmente, muitas tabelas visualmente perfeitas no browser podem ser confusas para um cego.

Idiomas - o atributo "lang" pode ser usado com o comando para que os sintetizadores de voz pronunciem palavras de outros idiomas corretamente. Para indicar a língua padrão do documento, utilize o "lang" dentro do comando.

Tamanho da fonte - Os navegadores fornecem uma ferramenta que permite aumentar o tamanho das letras de um site: confira no menu Exibir/Tamanho do texto. Veja se funciona no seu blog. Recomenda-se o uso das unidades "%" ou "em" para o melhor funcionamento desse recurso, utilíssimo para visitantes com visão subnormal.

Conteúdo principal do site - Os softwares de leitura lêem um site da esquerda para a direita, e de cima para baixo. Se você tem um blog cujo menu lateral está à esquerda, todo o conteúdo do menu será lido antes que se chegue ao artigo, que é o que realmente interessa ao visitante.

Para aprofundar melhor esse tema indico aqui o site Acesso Digital e o vídeo: "Acessibilidade à Web, custo ou benefício", produzido pela equipe.

Sites pesquisados:

Bengala Legal

Acessibilidade Brasil

Portal do SERPRO

Ps.: Agora é começar a pensar nos ajustes...

2 comentários:

Sindy disse...

Elis
Para contribuir com suas pesquisas:
um post anigo no Bloguinfo
http://bloguinfo.blogspot.com/2007/12/acessibilidade.html
e o site da Ana Laura
http://webdemais.com.br/
Bjks
Sintian

Anônimo disse...

Obrigada pela citação. :)